domingo, fevereiro 01, 2009

Homem de ninguém


Sim sou um homem de ninguém,

tenho o vento por sentido e a lua por amante,

a vida essa ao contrário do que pensas é vivida no fundo de uma estrada sem fim,

há sempre mais a alcançar, a viver.

Não roubo amor porque o sinto, roubo a alma.

Vou para lá do sentir, do tocar ...do continuar.

Não quero compaixão ... apenas te digo que caio, bato em dias de tempestade com a alma no lama

e sinto ... o cheiro da terra, ... do ventre da mulher que anseio novamente.

Conheço o teu desespero ... quando olhas o mar

e vens até mim em sentidos ocultos pelas brumas do amanhecer.

Sim sou um homem de ninguém ...

mas todos os dias vou renascer.