domingo, agosto 26, 2007

Um verão que se desconhece

Por todo o mundo este Verão foi diferente. Na Ásia as monções tiveram as suas características mais acentuadas, no Reino unido choveu de uma forma invulgar.O tufão Dean trouxe o inferno ao paraíso das Caraíbas. A crise económica acentuou-se este Verão nos E.U.A..

O nosso jardim sempre dependente dos ventos externos, umas vezes mais outras vezes para encarecer o custo de vida ao Zé. O ciclo repete-se porque este Zé do séc. XXI é geneticamente igual ao Zé Salazar. Crítica, protesta, mas na realidade tudo fica na mesma, aliás tudo fica pior. Menos escolas, menos Saúde, menos despesa com o Zé. A Justiça pilar reflector do modelo de verdade de uma sociedade tenta sair do atolado lamaçal de processos onde há muito entrou. A comunicação social dá relevo ao futebol, indústria modelo em Portugal empurra dirigentes, técnicos e jogadores para um palco onde os espectadores estão todos de férias. As novelas tentam ganhar a sua "share" indo ao encontro do público mais jovem, ora explorando relações teenagers com sabor a morango e açúcar de anos anteriores, ora explorando o novo filão dos órfãos em lares modelo com cores garridas bem ao jeito das novelas “Chupa-chupa”. Não é só mais do mesmo é o repisar das mesmas ideias bem ao jeito das vindimas que anunciam um fim de Verão diferente.



A contrastar o marasmo … está a nata do Banco Católico Português com guerras de galos a discutir uma hierarquia que é indiscutível. O modelo renovador tenta questionar aquilo que num sistema eclesiástico não se questiona o passado, a história, o legado e todo o valor que a fé e o dinheiro juntos conseguem. Reparem como o galo (que por acaso até é Pinto) teve acesso à liderança do banco, ou melhor dizendo ao poleiro do banco. Monsenhor Jardim nomeou e apesar dos outros galos não terem gostado de um Pinto para lugar de Gallo (com 2 LL é mais fino) nomeou e ninguém questionou. Estão a ver o fim desta Summer Session, o Pinto há muito que já tem 3 ou 4 poleiros como alternativa ao actual lugar. Aqui não se fala em desemprego … isso é para o Zé.

Não queria deixar este Verão sem falar nas “bofetadas” que temos levado em nossa casa pelos Ingleses … que demonstraram porque ainda hoje existe uma Commonwealth bem viva e com expressão a nível mundial. Estou a falar no caso da menina desaparecida, e do impacto à escala mundial que este caso atingiu, comparativamente com outros casos nacionais e outros no próprio Reino Unido. A diferença está no fazer, no como fazer, e obviamente do modelo de sociedade onde o Zé e a Maria vivem. Nós Portugueses sempre achámos que o que é Internacional é bom, apesar do slogan oposto, a mentalidade mantém-se. Todos os pais Portugueses que viveram esta experiência marcante, tiveram um tratamento bem diferente do deste caso actual. A resposta é o conformismo do Zé. Todos têm muita pena, mas quem tem um papel na resolução seja de que situação for acaba por ser empurrado para outros casos e relegar para o esquecimento estas memórias. Como mudar … por simples gestos. Aqui fica um …

Num café, restaurante, tabacaria, oficina …etc, sempre que perguntarem:

- Deseja recibo ?

- Sempre e não faça perguntas desnecessárias.