O rio
Dois míudos ( entre os cinco anos) brincam perto da água tentando acertar com um ramo de salgueiro os insectos patinadores que deslizam sobre a água. As rochas arredondadas convergem para um rio com uma calma aparentemente inofensiva, mas ardilosa para as solas de dois inocentes. Os pais após um bom almoço são embalados pelo som dos guarda rios que esvoação de ramo em ramo adivinhando qual deles o mais fresco.
Apenas uma pessoa está dentro de água, os dois irmãos desafiam o equílibrio e o inevitável
acontece. Esbracejando e engolindo água, as duas crianças tentam sobreviver. O rio aspira para o fundo do seu leito as duas crianças. A mãe grita histérica pelo nome do marido, em seguida dos filhos, o grito desesperado de uma mãe é som que o infinito conhece. Debaixo de água as crianças vão desaparecendo, num mergulho duas braçadas descendentes tento levar a esperança ás duas crianças. Mas que fazer, salvar primeiro uma e depois a outra? Em momentos destes, a velocidade é feita de puro instinto, ou não, porque entretanto os dois agarram-se ao resto de vida que vai escasseando. A opção está feita, nadar impossível, um em cada braço, uma ravina de areia para subir resvala sobre os pés. O instinto, o momento, o ar que não existe leva-nos para lá do limite.
Cá fora os pais agradecem, a mãe abraça-se aos filhos como se dela nunca tivessem saído, um grupo de jovens emigrantes goza a situação, batendo palmas e diz:"Ganda herói estás contratado para nadador salvador".
A resposta é um mergulho de novo na água onde o som exterior não existe e o silêncio me acompanha.
14 Comments:
Sim, li sem respirar, num fôlego só.
O instinto, o nosso instinto nessas horas.
(ás vezes , em outras situações o nosso instinto diz-nos coisas completamente diferentes da razão.)
Perguntavas-me quantas vezes semanalmente penso escrever. Escrevo alucinada, muitas vezes (por dia!) escrevo escrevo escrevo!!
Quanto ao outro sitio...Aquele de que te falei...cheio de sombras...é meu, muito meu. Onde a parte insana de mim fala e reclama. Disse-te-o e arrependi-me. não o falei a mais ninguem. Não o leias...Tem muitas sombras, um sitio onde até o som das palavras é barulho demais..
Deixo-te as palavras em forma de abraço, desse abraço maravilhoso que sempre me dás tambem em palavras. Gosto-te sabes :-)
vim ler-te luís. fico a pensar se esta estória será verdadeira.
se realmente nadavas nesse rio e que em outros rios lodosos nadarás.
um beijo
Los rios, como las personas, tienen dos caras
gosto de ler-te... de um folego só... Volto sempre... jinhuz
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cartasdeamorparati.blogspot.com
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ooops! estava a dizer-me que não dava e publicava à mesma... descpa!Jinhuz
tudo terminou em bem:)
li de um vez, sem pausas, tentando absorver tudo:)
gostei muito
***
O silêncio ficou acompanhando-me também...intenso esse teu texto. Acredito que seja uma história real.
Jinhos e bom fim de semana.
Já posso respirar?
:)
com um abraço...
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