sexta-feira, setembro 01, 2006

Woman in Somalia




A expressão que procuro não existe

é procurar a tristeza onde não há palavras para dizer,

as lágrimas evaporam-se da alma.

As paredes brancas que nos rodeiam

vão comprimindo o desespero de um grito.

Ao passar da porta tudo acontece de forma automática.

Abrir o carro, entrar e deixar quatro rodas levarem-me ...

não sei porquê mas o apelo do mar dá-me um conforto envolto num som

que eu adoro ...não só pela melancolia da sua voz,

mas porque recordo ...os videos, as músicas, a

história desta modelo que se apaixonou por um toureiro e

foi abandonada, esquecida ...até que a sua voz secou ...

tal como a sua alma.

Eu pergunto ...como é possível ?


Vocês vêm alguma coisa de errado ...falo da música claro.

Escrevo isto e vêm-me à memória como de uma forma

paradoxal a liberdade também pode magoar, um texto fantástico

em http://vampirablack.blogspot.com/ no “Eu quero”.

Mas ainda me interrogo de quanto valem estas tempestades,

Quando há uma mulher (entre muitas) na Somália ( ou outro País)

Que chora e aos poucos morre sobre um destino que não escolheu:

There is a woman in Somalia
The sun gives her no mercy
The same sky we lay under
Burns her to the bone
Long as afternoon shadows
It's gonna take her to get home
Each grain carefully wrapped up
Pearls for her little girl

Hallelujah
Hallelujah


5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

FABULOSO!

4:59 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

A dita liberdade plena nã existe.
E se a queremos à força acabamos presos nas nossas escolhas profundamente solitárias. Paradoxal, sem dúvida.
De resto esta liberdade aqui retratada é ainda mais complexa porque dual - é simultâneamente social e individual - quanto à social, sempre assim será.
Quanto à individual é pena que a maioria dos seres humanos a não saiba gerir.
Não nos podemos sentir asfixiados com a liberdade do outro. Isto porque temos sempre o caminho de nos afastarmos.
Até, porque, muitas vezes e para "outros" somos nós que asfixiamos...

6:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O mundo continua partido cada vez o fosso é maior esconde-se a miséria, a fome, a mutilação femimina, a violação infatil para "curar" a sida e muito mais. quando nos apresentam as imagens é sempre fácil mudar de canal e pensar: - Não é cá, nem sei onde sica este sítio! Não pensamos que no nosso pequeno mundo no nosso país no nosso vizinho do lado acontecem tragédias todos os dias, não pensamos ou não queremos pensar... é mais fácil ignonar, fechar os olhos, ver apenar o bonito, o fácil. no entanto basta andar de metro para ver até onde o ser humano se tornou egoísta, indiferênte ao que o rodeia. Nada importa só mesmo o próprio umbigo! Assusta-me pensar no mundo que espera a minha neta!

12:19 da manhã  
Blogger cm said...

Imagino qué seja uma sensação de sufoco horrível... chorar e morrer em silêncio e lentamente, choca!
Fico sem palavras, perante estas situações, estas culturas, este sofrimento feminino...

Esatá bem conseguido este post, a alma aqui e além... fronteiras...

Beijo, na tua alma...

9:36 da manhã  
Blogger Ana said...

Todos precisamos de liberdade...E por muito inuteis que as batalhas que travamos pareçam, nunca devemos desistir! Podemos não a conseguir para nós mas alguem poderá beneficiar com essa luta!

4:43 da tarde  

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