Grandes Portugueses
Num programa televisivo comprado à BBC é lançado o desafio à audiência de eleger o maior Português de todos os tempos. Penso que há várias formas de analisarmos o programa e o desafio. O programa marca o regresso da Maria Elisa, que após uma inegável ascensão dentro da televisão pública onde fez um bom trabalho chamando a atenção para determinados factos de relevo na política nacional resolveu ela também para o centro da questão. “Chamada” pelo dever nacional foi parar à Assembleia da República. Já na parte final dos seus programas televisivos alguns factos menos abonatórios à sua pessoa vieram a público. Nada que fosse muito grave mas revelavam mais uma vez que falamos do Povo e para o Povo, levantamos os problemas mas temos telhados de vidro. E como em qualquer parte do mundo politizado quem investiga sabe que pode e deve ser também ele(a) investigado(a). Não sei bem nem como nem porquê mas após um falhanço na Assembleia, mais ou menos apoiado pelos seus colegas parlamentares Maria vai para Londres num alto cargo público. Sinceramente embora lhe reconheça competência jornalística não entendi essa nomeação, haveria muitos outros Portugueses com curriculum adequado, mas esta situação faz-me lembrar a nomeação da Catarina Furtado, ambas são duas mulheres lindas e charmosas mas que eu saiba estamos a confundir o acessório com o essencial, que é a representação além fronteiras de Portugal.
Bem esta introdução serviu apenas para chamar a Vossa atenção de como nos tentam “seduzir”, sinceramente gosto mais do Prós e Contras da Fátima Ramos. A realidade foi esta, Freitas do Amaral demitiu a Maria Elisa e esta teve de reflectir na maneira de regressar em GRANDE a Portugal, quando muito de forma a manter o mesmo nível de vida.
È claro que só vê e participa quem quiser, e acho que o que há de positivo no programa é a discussão que este gera. Leva à reflexão do estado actual do País, do seu passado e tenta identificar quem contribuiu de uma forma mais ou menos directa para o estado em que estamos. Nos últimos 30 anos não há dúvidas, uma alternância entre os dois partidos políticos mais votados quer queiram quer não têm de assumir o estado a que chegámos. A História de uma forma irrefutável fará valer e ajuizará todos os grandes temas da política nacional. Sócrates por exemplo já demonstrou que a palavra "determinado" é importante para o seu marketing no entanto todos o estão a ver como alienado. Ao ponto de andar a mexer de forma “cega” nos vários sectores do estado, tudo está em causa, nem que sejam migalhas ou aspirinas como lhe chamaram. Até os deficientes se forem “ricos” (com um salário maior ou igual a 1500 €) levam por tabela. Aqui ou há Imoralidade ou comem todos. Ora eu gostaria de ver qualquer político com assento parlamentar obrigado a demonstrar ao País, tipo Big Brother, como geria a sua vida num mês com o rendimento que é imposto ao mais pobre dos Portugueses (200€ como alguns reformados recebem), a bem da Democracia Representativa. Estou certo que seria um programa televisivo com sucesso e cheio de audiência, ninguém dúvida. Mas tal como o ministro das finanças anunciou o salário dos administradores públicos não é definido, por forma a tentar captar os melhores gestores.
Mas afinal quem foram os Grandes Portugueses ?
Primeiro temos de analisar a História e ver qual ou quais os Portugueses que influenciaram de forma determinante a História de Portugal. Sinceramente podíamos passar longas horas a ouvir falar de Grandes Portugueses como o Professor Hermano Saraiva nos habituou. São autênticas viagens no tempo.
Mas voltando à nossa questão, a época e os Portugueses que influenciaram o curso da História em Portugal e no mundo foram sem sombra de dúvidas as gerações dos Descobrimentos. Um conjunto de homens, matemáticos, astrónomos, historiadores, que conseguiram traçar, descobrir e apresentar novos mundos ao mundo. Todo o estudo ao nível da cartografia, do estudo das rotas e dos astros, e sobretudo de saberem manter e transmitir o segredo das novas rotas que davam acesso a novas terras. Nessa altura o desafio com Espanha era vincado e o mundo chegou a ser dividido
Aqui fica em jeito de reflexão:
Um livro :
4º Volume
A Gramática do Tempo: Para uma Nova Cultura Política Este volume trata da reconstrução da tensão entre regulação social e
emancipação social como condição para voltar a pensar e querer a transformação social emancipatória. Com base no que é designado por
«epistemologia do Sul», propõe-se um pensamento alternativo de alternativas.Ante o colapso do contrato social da modernidade ocidental capitalista e colonial e a proliferação de fascismos sociais, é necessário reinventar a democracia, a cultura política e o próprio Estado. Em alternativa à democracia de baixa intensidade que hoje domina são propostas formas de democracia de alta intensidade através das quais é possível expandir os espaços públicos, tanto estatais como não estatais. As análises neste volume centram-se em articulações entre os espaço-tempo local, nacional e global.
O autor:
Boaventura de Sousa Santos nasceu em Coimbra, a 15 de Novembro de 1940.
Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973).
Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison.
A Colecção
Para um Novo Senso Comum: A Ciência, o Direito e a Política na Transição Paradigmática O autor considera que as sociedades e as culturas contemporâneas são intervalares: situam-se no trânsito entre o paradigma da modernidade, cuja falência é cada vez mais visível, e um paradigma emergente ainda difícil de identificar. Esta transição tem duas dimensões principais: uma epistemológica e outra societal. A transição epistemológica ocorre entre o paradigma da ciência moderna (conhecimento-regulação) e o paradigma emergente do conhecimento prudente para uma vida decente (conhecimento-emancipação).
A transição societal, menos visível, ocorre entre o paradigma dominante - sociedade patriarcal; produção capitalista, consumismo individualista e mercadorizado; identidades-fortaleza; democracia autoritária; desenvolvimento global, desigual e excludente - e um novo paradigma, ou conjunto de paradigmas, de que apenas podemos vislumbrar sinais. A argumentação centra-se em três grandes campos analíticos: a ciência, o direito e o poder. O objectivo desta colecção é desenvolver epistemologias e teorias sociais que ponham travão à proliferação da razão cínica, que alimentem o inconformismo contra a injustiça e a opressão e, por fim, que permitam reinventar os caminhos da emancipação social. Para subverter a hegemonia de que ainda usufruem a ciência e o direito modernos, recorre-se frequentemente a uma tradição marginalizada da modernidade, o pensamento utópico.
Uma peça de design, candeeiro de mesa : CAND-LED
Uma obra de arquitectura:
Diferentes mensagens num mundo onde não temos que ser os melhores mas sim mais conscientes da realidade, da crise de valores que de uma forma transversal atravessa não só a nossa sociedade mas todo o mundo. Se a menina chinesa que trabalha
Cada vez mais somos todos iguais mas tão diferentes à custa dos iguais.