De mãos dadas pela falta de inspiração
sem mácula, divino, sem nada.
a inspiração não surge e olham para uma parede completamente branca o que Vos
vem à memória.
A primeira parede fala assim:
Nesta parede branca escrevo tudo o que sou...
Em cores fortes e alegres misturo o preto e o cincento...
Sou todas elas e mais algumas
Sou letras e palavras sou símbolos e pontuação
Escrevo para trás e para a frente
Para cima e para baixo
Sorrio e choro e abraço
E corro e salto
E caio e levanto-me
E cresco e aprendo
E reescrevo e risco
Mas nunca, nunca apago...
Gilda
A minha parede tem estas cores:
um horizonte imaginário sabendo que é branco.
Imagina a cor do teu sentimento e diz-me que cor
sai do branco uma vez que este contêm todas as cores.
quero ir para lá do Violeta e do vermelho, quero ir onde está o
sentir, para lá do vísivel, ultra-violeta, infra-vermelho, seja
sempre a subir ou sempre a descer
aqui não há princípio nem fim, apenas no meio
a palete de cores onde podemos retirar uma cor, uma tonalidade
para exprimir um estado de alma:
Vigor começa numa cor quente laranja, e acentua crescendo em vermelho
misturo-me na cor e sinto-me já bem quente, para romper e ir para lá do vísivel
basta crescer ou descer desde que em crescendo de energia até explodir de alegria.
Volto à parede branca e inverto o sentido agora para uma cor fresca, calma
para ir para lá do branco, em que tudo pára, cristaliza, congela
o verdadeiro frio invade a alma e esta passa o azul, o violeta e
cintila nos ultra-violetas.
encostar o ouvido para ela nos dizer quantas pessoas já olharam para ela,
quantas pessoas a ignoraram, quantas pessoas ela limitou.
Algumas Paredes "brancas":
O muro da China
O muro de Berlin
O muro das Lamentações
O muro entre a Palestina e Israel
Agradeço desde já a Vossa colaboração.