segunda-feira, novembro 15, 2004

Homem de ninguém


Sim sou um homem de ninguém,
tenho o vento por sentido
e a lua por amante,
a vida essa ao contrário do que pensas
é vivida no fundo de uma estrada sem fim,
há sempre mais a alcançar, a viver.
Não roubo amor porque o sinto, roubo a alma.
Vou para lá do sentir, do tocar ...do continuar.
Não quero compaixão ... apenas te digo que caio, bato
em dias de tempestade com a alma no lama e sinto ...
o cheiro da terra, ... do ventre da mulher que anseio novamente.
Conheço o teu desespero ...quando olhas o mar e vens até mim em sentidos ocultos pelas brumas do amanhecer.
Sim sou um homem de ninguém ... mas todos os dias vou renascer.

6 Comments:

Blogger SL said...

Não me peças para ter pena de ti, homem de niguém! De ti só tenho a vontade imensa de te abraçar com as palavras em eterna comunhão de sentidos...
Acho que compreendes.
Jinho
ps- passa lá em casa, tenho qualquer coisa para ti.

6:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Luis, sinceramente...foi o melhor que li! Lindo...suberbo! De cortar a respiração enquanto se lê! Por momentos revi-me no que li! Que sensação de "invasão" da alma...! Continua assim Luís....adorei! Magnífico! Não percebi foi o teu comentário no meu blog. Depois explicas a mim?! Ah e não és nada de ninguém...és o nosso homem que escreve como ninguém...isso sim! Beijoka obesa da Catarina. http://chamaoculta.blogs.sapo.pt

6:32 da tarde  
Blogger Red Boys ESTAÇÃO said...

Continua a renascer e a oferecer-nos estas palavras cheias de sentido.
Um abraço.

1:36 da tarde  
Blogger SL said...

Já tenho uma resposta para ti. Vai lá a casa!
Jinho

3:00 da tarde  
Blogger Amita said...

Excelente, homem de ninguém. Do mar, da terra, dos sonhos, desse infinito alcançável. Bjinhos amigo

10:05 da tarde  
Blogger Sofia Cunha said...

Adorei! Não só este post como também todo o blog em si!

1:28 da tarde  

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