terça-feira, novembro 30, 2004

Perdido ... sem ti



O fumo do cigarro dançava à sua frente,

uma mulher em cima do balcão contorcia-se
desafiando o fumo que teimava encortiçar-lhe
os pulmões, sentia-se fraco ... o desespero
assolava-lhe as pupilas sentindo-se cair nos
buracos sem fundo das suas órbitas.
Tinha perdido o emprego, a mulher deixou-o,
levou-lhe os filhos ... olhava o reflexo da stripper
no fundo do copo de whisky ... trémulo atirou-se
ao que restava ... do engano, da vida, ...do ardor
com sabor a falso que tinha sido ...todo um passado
onde à memória surgiam o som dos filhos, das juras de amor
...um leve sorriso, em dor, lembrava-lhe as horas esquecidas
em que prostado, de cara no chão apenas sentia o bater da chuva no
rosto ...sem saber como ...estava agora perto do lancil do passeio ...
tão perto ... tão longe ...da vida.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Por vezes caímos , desesperamos , perdemos tudo...mas por muitas encruzilhadas que tenha o nosso caminho , a via é única e existe uma luz ni fim dessa via1 Eu sei que vais encontrar a tua! Mónica(mco.blogs.sapo.pt)

11:38 da tarde  
Blogger BlueShell said...

Magnífica a maneira como deixas entrecortar passado/presente...recordações/realidade...triste mas encantador...BS...JINHO

9:56 da tarde  
Blogger SL said...

Continua-me, sempre!
Jinho

10:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

...e agora? que escolha fazer? Ficar longe ou perto...da vida? Bater no fundo, queimado e renascer das próprias cinzas...ou ficar ali quieto à espra que o vento sopre e leve o que resta de si ao seu próprio sabor? O cair no chão, faz-nos dar valor ao que se perdeu, àquilo que não quisermos ver...faz-nos crescer, e só aí sim, vem a escolha, e o renascer, é excelente...renascemos fortes! Beijo ternurento, da CHAMA!

12:37 da manhã  

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