quinta-feira, novembro 18, 2004

Um



Meditar-te... o corpo, sonhar a alma.

Deitada sobre o leito que te acolhe
Sinto a tua alma, percorrendo-te de forma suave e sublime
Em arrepios que a nossa pele conhece da ténue separação
Que os nossos corpos permitem
Como uma brisa que antecipa a madrugada
As minhas mãos descobrem os contornos
Da tua harmonia
Em círculos onde os meus polegares aspiram a vontade
De te sentir, de te preencher…
Em círculos ascendem ao longo dos teus vales…

Aí meditamos, reflectimos, unindo a realidade ao sonho
Tu que querias esta entrega meditando,
Reflectes o sentir, anuindo a realidade
Que então eu te concretizo,
A calma, a paz, a concentração destes momentos…
Em que apenas o suave som do sentir
É antecipado pela nossa respiração sincronizada…
Aos poucos mais profunda… mais intensa… mas suave.

Uma gota de óleo de palma atreve-se
Sobre o lânguido vale das tuas costas
Percorrendo, à medida que arqueias e respiras o teu ser
Em gestos que tu sonhaste,
E eu sufoco de intensos e voluntariosos.

A delonga contida e prolongada
Dá lugar ao desespero do tempo que há muito se perdeu,
A minha alma em chama arde
Inflamando-te os lábios que o corpo conhece.
A boca do corpo esfomeada suga intensificando
A nossa união… de tanta contenção, de tanto desespero,
Percorre-se agora… pelo equilíbrio da deleita
Em que os nossos olhos se encontram
Retribuindo as carícias que as mãos unidas se esqueceram.

Luis Duverge

Num momento sem tempo nem lugar...
Beijamo-nos enquanto acaricias cada parte de mim.
Os meus dedos percorrem-te numa busca calma da tua alma.
Devagar... sem pressa de chegar... temos todo o tempo do mundo.
Também te quero sentir... num momento que é só nosso.
Porque me amas... porque te amo... porque somos um do outro.
Olhas-me, olhos nos olhos.
Nem precisamos falar, porque tudo é dito no silêncio deste amor.
Tanto que aprendemos quando percorremos devagar cada poro...
Sentimos o odor do corpo que tão bem conhecemos.
Despenteamos os cabelos... despenteamos a alma...
E tocamo-nos... suavemente.
Fazes-me sentir sublime, divina... porque vives em mim.
Devagar sinto-te entrar... bem devagar...
E dançamos em passos ligeiros neste imenso descobrir.
Respiração controlada... olhos nos olhos... mãos entrelaçadas... bem devagar.
E jogamos este jogo lentamente...
E brincamos enquanto as línguas se misturam nos sabores de nós.
Uvas?... Hummm... tão bom uvas fresquinhas e suculentas.
Bem devagar... um amor bem devagar...
Sinto-te, quente em mim... dançamos?...
Sim dançamos um pouco...
Um pouco mais, mais, mais... sente-me bem agora.
Olhar-te nos olhos, ver-te sorrir para mim enquanto te sorrio...
Falamos sem palavras tudo o que nos vai na alma... sentimos... tocamos... cheiramos...
Demoramo-nos no imenso nós que reconhecemos a cada instante.
As mãos unidas novamente... num abraço de ternura.
Beija-me, sim... percorre-me suavemente...
Sente o bater do meu coração... o calor da minha respiração.
Olhos nos olhos... num descanso lento e saboroso...
O teu corpo no meu... prazer bem devagar.
Sinto-te... bem lá no fundo... somos um...
Sinto-te devagar e fundo até ao êxtase sublime... iluminado...
Em perfeita sintonia...
Um que somos... que estamos... que vivemos!

Gilda Seomara

4 Comments:

Blogger Amita said...

Que comentar se vocês tudo disseram? Excelente. Bjinhos

10:01 da tarde  
Blogger SL said...

...
Amei a forma dos teus sentidos nus
...
Permite-me chamar-te de meu "Bocage"!
Jinhos

10:26 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Uma palavra para o que li de ambas as parte....PERFEITO! Um grande beijinho para os dois~! Saio daqui hoje com um sorriso enorme...sorriso por vocês! =) Caratina. http://chamaoculta.blogs.sapo.pt

1:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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7:24 da tarde  

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